Idade

Mas então você não reclama da ramificação ou complexidade, e sim de CERTAS complexidades. Como você mesmo disse, não gosta de Renly mas gosta de Sandor. Isso sai do sentido "não gosto de um elemento do livro" e entra em "tem personagens no livro que eu não gosto".

Bom, nesse ponto devo concordar com o Rampim, cada ramo na história tem sua importância. A parte do Renly pode não ter tido grande influência na história, mas foi um ponto de vista a mais... A gente já sabia o ponto de vista do Stannis, pelo Davos, ai a Catelyn mostra o ponto d vista do Renly, isso acrescenta muito pra história, e é isso que faz com que As Crônicas de Gelo e Fogo seja tão diferenciada, o fato de termos vários pontos de vista; e todos inseridos na trama principal de alguma forma.

Off: Eu sou gosto muito da parte do Tom Bombadill em O Senhor dos Anéis, tá?? É bem intrigante, é sempre interessante ter algo a mais para discutir e refletir, não só a trama principal. Poxa vida...

ASHUASHUASHUASHS

Antes de Catelyn ver Renly, para mim ele era só um crianção mimado querendo ser rei (o que muitos ainda acham), mas depois de Catelyn chegar e eu ver o que ela viu, eu já tive uma visão totalmente difrente dele...

Então, isso só deixou as coisas mais interessantes, mais discutíveis.

Não é isso, é que pra mim existem tipos de complexidade, tem aquelas que me incomodam, como é o caso do Renly, de Harrenhal, do Davos, daqueles caras que se juntam com o Thoros, boa parte da história do Jon com o Mance Ryder... e aquelas que são inofensivas, como o Clegane com a Sansa, o Peixe Negro, aquela esposa avulsa que o Sam salva e eu não vou conseguir lembrar de e é justamente por isso que elas não me incomodam, são mais sutis.

O que eu acho desperdício é criar todo um enredo e ter capítulos inteiros dedicados a isso, quando as tramas paralela vão aparecendo aos poucos junto com as tramas principais elas dão essa idéia de profundidade sem passar a sensação de que a história em si não tá correndo e que o autor só tá enrolando pra fazer suspense ou algo do tipo. Tramas secundárias tem que ser exatamente isso, secundárias e não uma outra história principal avulsa do resto.

Não sei explicar direito e eu fico batendo tanto nessa tecla do Renly, não pq eu não goste dele (até gosto), mas pq é o exemplo mais fresco na minha cabeça e é o que tem menos pontas, então poderia ser cortado sem tantas adaptações como teriam que fazer no caso de Harrenhal, por exemplo.




Off: Tom Bombadil foi só uma viagem de LSD do Tolkien, mais nada. Até hoje eu to tentando descobrir com quem eu reclamo pra pegar de volta os minutos de vida que eu perdi lendo aquilo

Entendo, mas ai vai do ponto de vista de cada um... Eu, particularmente gosto disso. Já algumas coisas de Harrenhal e além da Muralha foram realmente muito chatas, tipo fillers¹.

¹ Fillers são episódios de animes, seriados, desenhos, que saem da trama principal, é algo que usam para enrolar um pouco mais.

exatamente, no caso do Jon e da Aria, parece que ele escreveu, olhou e disse "tá muito simples, deixa eu dar uma complicada nisso aqui" e ai foi acrescentando os infortúnios pelo caminho deles, bem chatinho

Acho difícil antes de chegar ao fim da série dizer que história poderia ou não ser dispensada.

Tome o Renly, por exemplo. A história dele é importante porque revela algo sobre Melisandre, envolve Catelyn e aumenta o mistério.

No livro 4 há uma conversa entre Loras e um personagem que também presenciou o episódio de Renly. Nada é dito sobre a conversa, mas algo aconteceu ali, porque muda a cabeça de Loras.

Minha opinião sobre a complexidade em A Song of Ice and Fire - essencialmente na obra de Martin, sem meter Tolkien ou qualquer outro no meio porque não vejo comparação válida - é que ela torna a história menos maniqueísta e tradicional. Acrescentar uma extensa ramificação em núcleos e diferentes visões é o diferencial de Martin, que faz com que essa história seja totalmente oposta ao clássico de heróis enfrentando vilões num percurso que todos nós sabemos como vai terminar.

Eu particularmente adorei ler a famosa batalha do livro 2 - sem revelar spoilers a quem não leu - do ponto de vista de três diferentes personagens: Tyrion, Davos e Sansa. Foi realmente o ponto alto do livro 2, que realmente acabou sendo mais morno e cansativo que o primeiro. Acredito que, como Martin é realmente um escritor muito habilidoso e experiente no que faz, todos os núcleos e subtramas que ele acrescenta têm um certo propósito. Se eles enchem o saco ou não, não cabe nessa discussão, pois aí estaríamos analisando o enredo dos livros e não sua complexidade.

Esse princípio se aplica desde às subtramas mais sutis (como o relacionamento de Sandor e Sansa) até os núcleos que para alguns podem parecer inúteis (como a parte de Renly). Tudo bem que a história fluiria do mesmo jeito se algumas coisas fossem cortadas, mas sem a complexidade que torna esses livros tão diferentes, como eu já disse. Mostrar uma guerra em todos os seus pontos de vista evita que sejam criados heróis ou vilões e faz com que a obra seja mais abrangente. Enfim, só isso.

eu concordo com isso murilo, que essas várias subtramas ajudam a quebrar essa história de herói x vilão, mas eu acho exagerado às vezes... mas isso é só pq eu gosto de coisas mais diretas, não reclamo do que foi colocado na história, mas de como foi colocado, vc poderia ter todos os bônus que a trama do Renly acrescentou, mas sem precisar criar uma outra história por trás disso. A trama dos livros já é densa por si só sem o Martin precisar escolher o caminho mais longo pra acrescentar essas informações.

Eu sabia que isso ia gerar polêmica... haeuiheauiheauhe

A discussão está legal, pena que não é o assunto do tópico.

hiuahaeuhaeuheah
e não é que é mesmo? então vamos parar de me jogar pedraaas! \o/

Posso criar um tópico para discutirmos esse assunto.

hiuheauiaheuiahe acho que vai ser uma briga infinita, mas se vc quiser...
é uma questão mto de opinião isso

Não precisa, Mari, não estou jogando pedras, mas agora quero entender. Me fale uma forma mais rapida de falar que Stannis era tão antipático que seu próprio exército de direito deu as costas pra ele para seguir o irmão mais novo que era mais carismático. Uma forma de falar que Stannins SPOILER LIVRO 2:

Spoiler:

Além do que, não vejo essas outras historias como secundarias, e sim como outras historias (que acabam se encontrando como ja falei). No caso não vejo Dany ou Jon menos importante que o trono de ferro. Dizer que cria outras historias só pra dar suspense para mim não cabe, tendo em vista que eu poderia falar que a historia do trono de ferro é só um background para quando Dany chegar.

A questão é que muitas histórias, é natural gostar de umas e não de outras, mas como falei, é da HISTÓRIA em questão que você está desgostando, e não do fator multiplas historias. No fim, você gosta de ler a história que envolve o trono de ferro, mas as outras historias que existem não.

SPOILER DO LIVRO 2

Spoiler:

eu adoro a história do Renly, sério. Ela tem um mote que eu acho fantástico, o mesmo do Rei Arthur, um rei que quer o trono pelo carisma, não pelo direito e seria maravilhoso ver o Martin escrevendo algo com esse enredo, só acho que ja tem coisa de mais nessa série de forma que nem a história do Renly foi bem a proveitada e nem contribuiu tanto com a história principal, ou seja, foi desperdiçada pra passar a ser só um conceptismo de enredo.

Aí, eu não li os livros, estou no primeiro ainda (mas estou lendo todos os spoilers rs) sempre penso quando estou lendo uma saga tão grande que só poderei dizer que algo não contribuiu quando a história acabar.

Penso sempre no efeito borboleta, algo que aconteceu e pode mudar várias coisas depois...
Gosto também do coringa, ter algo nas mãos que poderá ser usado ou não...

A idade do Martin não me incomoda em termos reais, porque acho que não vai demorar para ele terminar a história, escrever todas as milhares de páginas já é outrooo assunto... oops tópico... rs

[ooffff] poxaaaaaa eu adoroooooo futebol americano! rs

Os porquês do angu todo da demora:

Citação :

Até o ano 2000, os três primeiros livros da série haviam sido publicados, com um intervalo de dois anos entre cada um;[32] depois que A Storm of Swords foi concluído naquele ano, Martin começou a escrever A Dance with Dragons, o quarto volume destinado a cobrir a história de cinco anos após o volume anterior. Martin achou difícil fazer este trabalho sem uma excessiva dependência de flashbacks. Na World Science Fiction Convention, na Filadélfia, em 1 de Setembro de 2001, Martin anunciou que estava iniciando mais um ano de trabalho para escrever um quarto livro diferente, novo, que iria preencher esta lacuna, intitulado A Feast for Crows, e que A Dance with Dragons se tornaria, então, o quinto romance da série.[33] Ele achou muito difícil voltar atrás e começar de novo, especialmente porque este romance não estava previsto em seu esquema para a série e os trabalhos sobre o livro avançavam lentamente.

Em maio de 2005, A Feast for Crows tornou-se mais longo do que A Storm of Swords, e os editores de Martin disseram-lhe que não poderiam publicar o livro em um único romance.[34] Eles sugeriram dividir o livro em dois e liberá-los na forma dos tomos A Feast for Crows - Volume I e A Feast for Crows - Volume II, mas Martin estava descontente com essa ideia.[34] Depois de discutir o assunto com seus editores, Martin decidiu dividir o livro por seus personagens e lugares específicos. Assim, o publicado A Feast for Crows continha todos os personagens do Sul dos Sete Reinos, enquanto o seguinte, A Dance with Dragons, conteria os personagens do Norte, entre outros.[34] Contudo, esta divisão seria apenas geográfica, uma vez que os enredos abordariam o mesmo período de tempo - nesse sentido, A Dance with Dragons não seria o quinto livro, mas sim um paralelo, e ambos os romances começam instantes após o final de A Storm of Swords.

Daí você entende o por que da demora toda de adwd que na realidade era o quarto livro, virou o quinto e teve que ser reescrito por causa do quarto livro que foi escrito do zero.

mari_peixoto escreveu:

..., só acho que ja tem coisa de mais nessa série...

Falando da série como um todo, eu também acho.

Os detalhes são incontáveis. A cada novo livro, novos detalhes são incluídos. A cada novo livro, novos personagens (e seus respectivos incontáveis detalhes) são acrescentados. Por enquanto está quase sendo como um jogo de Aventura, com seus enigmas cuja solução permite a você avançar para o próximo nível, mas enigma demais também enjoa.

Não sei se os fãs da série resistirão até o fim dos 7 livros com tantos personagens e detalhes. Muita gente pode desistir no meio do caminho porque a cada livro, a série se torna mais complexa e fica cada vez mais difiícil saber quem é quem e porquê.

erreve escreveu:

mari_peixoto escreveu:

..., só acho que ja tem coisa de mais nessa série...

Falando da série como um todo, eu também acho.

Os detalhes são incontáveis. A cada novo livro, novos detalhes são incluídos. A cada novo livro, novos personagens (e seus respectivos incontáveis detalhes) são acrescentados. Por enquanto está quase sendo como um jogo de Aventura, com seus enigmas cuja solução permite a você avançar para o próximo nível, mas enigma demais também enjoa.

Não sei se os fãs da série resistirão até o fim dos 7 livros com tantos personagens e detalhes. Muita gente pode desistir no meio do caminho porque a cada livro, a série se torna mais complexa e fica cada vez mais difiícil saber quem é quem e porquê.

mas é justamente por isso que existem os apêndices no final de cada livro. Apareceu um personagem que você não sabe o que é nem de que lado na bagunça ele está, olhe no apêndice que você se localiza.

Acho que o Erreve quis dizer quem é quem, de uma maneira um pouco mais profunda. No apêndice sabemos de quem a pessoa é parente ou à que grupo ela pertence, mas não sabemos porquê ela está em determinado lugar, fazendo determinada coisa com determinada pessoa. Mas eu acho que é essa justamente a graça do livro. Cada cena ou trecho sem importância à primeira vista, pode ser uma peça chave para um dos incontáveis quebra-cabeças do qual a obra é repleta, e por isso temos que prestar atenção em cada palavra, piada, gracejo, ou comentário sem importância que são ditos ao decorrer da trama, pois eles foram colocados lá por um motivo e muitas vezes precisamos destes pequenos, mas inúmeros detalhes para nos guiarmos pelo livro e entendermos os porquês das atitudes tomadas pelos personagens. Eu não sei quantos livros você já leu e nem quais, mas ler os livros com um intervalo de tempo muito curto entre eles pode cansar às vezes, e ler livros em uma língua que não seja a sua língua nativa, cansa e chateia até pessoas fluentes nela. Imagine então o que faria com alguém que tem um vasto domínio, mas ainda não é fluente? Eu li os dois primeiros livros em uma semana, mas a leitura para mim foi leve e agradável, pois foi a primeira vez que eu li algo tão grandioso e fantástico quanto A Song of Ice and Fire. Mas quando fui ler Tormenta, creio que um mês e meio depois, as primeiras duzentas páginas, antes de a história engatar e superar seus predecessores, foram monótonas e de leitura arrastada, pois eu já estava acostumado com o nível de Martin, e agora esperava algo melhor que aquilo. Se o autor não se supera, sua obra perde o brilho e não encanta mais os leitores.
Mas enfim, o assunto do tópico não é a obra, mas sim a idade de Martin, e não vou desviar o assunto do tópico mais do que o necessário.

Eddard escreveu:

Acho que o Erreve quis dizer quem é quem, de uma maneira um pouco mais profunda.

É exatamente como você explicou. E também concordo que este quebra-cabeças é um dos principais atrativos da série, por isso quem se aventura a lê-la não pode imaginar que está entrando numa obra que tem princípio,meio e fim, porque muitas vezes o fim pode estar no princípio e meio fica em aberto e você só vai descobrir isso um ou dois livros depois.

E quanto à obra, excelente análise. Vale a pena um tópico sobre o assunto.

Hoje o nosso escritor favorito completa mais uma primavera de vida. E acredito que nós podemos concordar com a galera do westeros.org, ele não poderia estar vivendo melhor momento da vida! Pra começar, no começo no ano ele finalmente se casou com a mulher que foi companheira dele por mais de 30 anos. Em abril o HBO estreiou a épica adaptação da maior obra literária da vida dele que angariou fãs ao redor do mundo e hoje é o motivo de você estar lendo esse post, por exemplo. A série foi honrada com diversas indicações ao Emmy no mesmo ano, levando um prêmio merecidíssimo pra casa. A Dance with Dragons, último livro lançado, está vendendo absurdamente em todo o mundo. Aqui no Brasil, desde a estreia da série os livros têm feito um verdadeiro estrago nas prateleiras das livrarias e nas listas dos mais vendidos. Além disso, a versão em quadrinhos de Game of Thrones chega nas prateleiras gringas amanhã, e o jogo "A Game of Thrones: Genesis"será lançado em breve. Pois é... esse ano definitivamente foi o ano dele. Desejamos toda a felicidade do mundo, e que esse seja só o começo de todo o sucesso que ele merece!

Go George!

Fonte: Game of Thrones Br

Henrique escreveu:

Hoje o nosso escritor favorito completa mais uma primavera de vida. Desejamos toda a felicidade do mundo, e que esse seja só o começo de todo o sucesso que ele merece!

Go George!

Fonte: Game of Thrones Br

E eu tinha comentado isso no chat!

Congratulations Uncle Martin!

Hahahahahahaha!

Vamos cantar parabéns pra ele kkkkk...

Mas e aí, a pergunta que não quer calar, ele está fazendo quantos anos???
Se alguém souber, posta aí...

A Rainha deseja muuuuuuuuuuitos anos de vida ao tio Martin, afinal de contas, ele precisa terminar a obra.

Acho que ele ficou feliz com essa!