Minha primeira fic em ASOIAF *-*
Sejam bondosos.
SPOILER: livro 2,
A Fúria dos ReisNC-17, ou seja, não recomendada para menores.
Calor
Adriana Swan Devan olhou de lado, tentando não olhar.
A tenda do Rei estava quente, o cheiro salgado do mar o entorpecendo assim como os gemidos. A grande tenda do Rei Stannis era composta por a parte principal, onde ficavam suas coisa pessoais e bancos onde podia receber seus oficiais e uma pequena ala separada por um pano que era onde o Rei dormia.
Os gemidos baixos chegaram até Devan onde estava deitado na parte pincipal da tenda e ele mordeu o lábio, tentando não olhar.
Olhou.
Por a pequena brecha entre os panos que dividiam o resto da tenda do leito de Stannis, não mais que vinte centímetros que se moviam com o agitar do vento sobre a tenda, Devan podia ver seu Rei deitado de costas, nú, com a bela sarcedotiza vermelha sobre ele, nua. Seus seios redondos balançavam livremente a cada vez que o corpo da mulher vermelha subia e descia de encontro ao do Rei. Seus cabelos eram como chamas vivas e seus olhos estavam fechados quando se debruçou sobre o homem, buscando provavelmente seus lábios, embora no campo limitado da visão de Devan fosse difícil afirmar.
O rapaz sentiu o sangue ferver.
Não era a primeira vez que o Rei e sua Sacerdotiza esqueciam da presença do jovem escudeiro. Sempre tentava virar para o lado e dormir, fingir que não ouvia os gemidos, mas tinha algo nele que não deixava. Algo que ficava cada vez mais rijo conforme os gemidos lhe chegavam.
Um forte vento passou pela tenda fazendo a brecha abrir um pouco mais. A mulher gingava, seu quadril rebolando num ritmo quente enquanto subia e descia, subia e descia. As mãos de Stannis se agarrando a sua cintura como se quisesse dominar aquele rebolado para si.
Com um movimento para o lado o rapaz teve melhor visão dos dois e podia ver o rosto dela colado ao dele, sobre o travesseiro grosseiro. Ela lambeu o pescoço de seu Rei. Não devia olhar, mas não conseguia desviar os olhos. Era tentação demais para alguém tão jovem quanto ele.
Viu o corpo do Rei se ergue embaixo dela, se retesando entre as pernas de Melisandre. As mãos a apertaram com mais força e o gemido saiu mais abafado, enquanto Stannis fechava os olhos e a sacerdotisa voltava a ergue o corpo, ficando montada sobre ele, cavalgando em sua masculinidade com vigor e swing, levando o Rei Stannis Baratheon ao clímax em meio ao fogo que emanava entre as pernas dela, e levando Devan ao mesmo clímax diante daquele visão de êxtase.
Devan podia ver as mãos que a agarraram tão forte pela cintura se afrouxarem e o Rei engolindo em seco enquanto sua respiração voltava ao normal aos poucos. Devan também relaxava, sentindo as calças desagradavelmente molhadas enquanto seus olhos, menos curiosos e mais sonolentos, admiravam a pele nua, as curvas bem feitas e os fascinantes seios fartos e redondos da sacerdotisa enquanto ela virava o rosto um pouco, em sua direção.
E olhou direto para
ele.
Devan desviou o olhar do dela imediatamente, assustado, puxando as mantas para se cobrir melhor. Obviamente, não lhe cabia ficar olhando as intimidades do Rei. Mordeu o lábio pensando se ela contaria a Stannis e se ele o repreenderia. Quando voltou a olhar para os dois, viu para seu desespero Melisandre saindo do colo do Rei que parecia adormecer e passando nua sob os mantos que os separava e vindo encara-lo do outro lado da tenda.
O rapaz sentou-se agitado. Apesar de ter adotado o mesmo deus que seu Rei, temia a mulher vermelha assim como seu pai e seu irmão o faziam.
- Estava espionando a intimidade de seu Rei? – Melisandre falou, sua voz grave e cortante. Ele engoliu em seco, assustado.
- Não, senhora sacerdotiza. – A resposta foi automatica e falada de forma insegura.
- Eu o vi espionando – ela retrucou ácida, seus olhos vermelhos demonstrando certa fúria. – Reveja seus votos e suas atitudes, jovem escudeiro, essa não é a maneira certa de servir seu Rei. O Senhor da Luz não gosta de traidores.
O rapaz se encolheu sobre seus lençois, aterrorizado. O corpo nu da mulher parecia bem mais atrativo a distância, do outro lado da tenda, enquando cavalgava com o Rei. Agora que estava quase sobre Devan, nua, ele só conseguia ohar para seus ohos vermelhos que cintilavam maldade.
- Eu juro por minha honra que não queria… -ele começou a se lamentar.
-Silêncio! – Falou alto – Acha que eu não posso dar um jeito em você, escudeiro?!
- Deixe o garoto em paz.
A voz do Rei Stannis Baratheon chegou a eles forte e fria como uma ordem.
A mulher se virou para a ala separada da tenda, dando assim visão livre ao rapaz para ver seu Rei sentado sobre as mantas com uma expressão séria no rosto. A única coisa que cobria seu corpo nu era uma pequena toalha no colo ocultando sua virilidade.
A mulher mudou sua postura e colocou um sorriso sensual em seus lábios.
- Como quiser, meu Rei. – falou com voz doce.
- Já não preciso de seus serviços, volte para sua tenda.
Por um instante, Devan quase levantou para pegar suas coisas, pensando que o Rei se dirigisse a ele, mas foi a mulher que se cobriu com sua manta vermelha e saiu da tenda a passos rápidos.
- Onde estão meus lençois? – Stannis indagou, procurando com os olhos enquanto passava a mão no rosto, parecendo se sentir cansado.
O escudeiro pulou para fora dos próprios lençois para ir servir a seu Rei, incomodado com o úmido dentro de suas calças e com medo da reprimenda por ter olhado.
Mas a reprimenda não veio.
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Stannis Baratheon deitou-se, deixando o olhar vagar perdido pelo teto baixo da tenda. Num instante, Devan estava ajoelhado ao lado dele desenrolando uma grande manta e cobrindo seu corpo nu. Sentiu-se incomodado. Preferiria que o rapaz tivesse lhe deixado a manta e voltado ao seu canto, mas desde que se proclamara Rei, Devan o tratava com muito mais cuidados do que era necessário. Muito mais cuidados do que gostaria.
Devan o cobriu com delicadeza, se certificando que o seu Rei estava confortável e voltou para seu canto para dormir. Era um bom rapaz.
E Stannis deixara que os visse.
Essa não era a primeira vez que esquecia da presença do rapaz do outro lado da tenda e acabava por consumar o ato com seu escudeiro ali, a poucos metros de distância. Melisandre tirava essas coisas de sua cabeça, acabava por não lembrar. E agora ele os vira de novo.
Deitou-se de lado, dando as costas onde o rapaz estava, irritado consigo mesmo. Onde deixava a sua honra ao se deitar com Melisandre? Nunca fora homem dado a prazeres carnais, nem mesmo com sua esposa. E agora se prestava a possuir a mulher vermelha com o escudeiro olhando? Se Devan contar ao pai…
E que problema teria se contasse?! Stannis era agora Rei, não devia satisfações a ninguém, muito menos ao Cavaleiro das Cebolas, ora essa.
Mas ainda assim podia sentir os olhos de Davos sobre si, o repreendendo, o julgando.
Na verdade, se Stannis tivesse que julgar a si mesmo por aqueles atos, se auto-condenaria.